13/11/2010

Sobre a biciclopatia.

Biciclopata, a rigor designa um indivíduo, clinicamente transtornado que tem personalidade psicopática. Contudo essa última categoria nosológica em especial, dá o nome ao grupo conhecido como sociopatas. Estes por sua vez, na perspectiva psicanalítica são os portadores de neuroses de caráter suicida ou, simplesmente, esportiva.

A biciclopatia é um distúrbio mental grave caracterizado por um desvio de caminhos usuais, ausência de sentimentos de perigo, cansaço, impotência, frieza, insensibilidade aos limites do meio, manipulação de ferramentas básicas de reparo, pedalcentrismo, falta de remorso e culpa para atos radicais e inflexibilidade com porteiras e proibições. Apesar da biciclopatia ser muito mais frequente nos indivíduos do sexo masculino, também atinge as mulheres, em variados níveis, embora com características diferenciadas e menos específicas que a biciclopatia que atinge os homens.

Embora popularmente a biciclopatia não seja conhecida como tal, ou como "mania", cientificamente, a doença é denominada como sinônimo do diagnóstico do transtorno de personalidade radical.

A biciclopatia parece estar relacionada a algumas importantes disfunções cerebrais, sendo importante considerar que um só único fator não é totalmente esclarecedor para causar o distúrbio; parece haver uma junção de componentes para bicicleta. Embora alguns indivíduos com biciclopatia mais branda não tenham tido um pedal decente, que leva ao retorno - principalmente nos casos mais graves, tais como asfalto e estradões - parece estar associado à mistura de três principais fatores: single tracks, downhill e uphill, com influência genética. Todo indivíduo biciclossocial possui, no mínimo, um desses componentes no histórico de sua vida, especialmente a influência genética, entretanto, nem toda pessoa que sofreu algum tipo de quebra ou queda na lambança, irá tornar-se um biciclopata sem ter uma certa influência genética ou distúrbio cerebral; assim como é inadimissível afirmar que todo biciclocopata já nasce com essas características. Portanto, a junção dos três fatores torna-se essencial; há de se considerar desde a genética, traumas nos ossos e concuções no cérebro (especialmente no lobo frontal e sistema límbico).

De maneira geral, nos homens, o transtorno tende a ser mais evidente antes dos 05 anos de idade, e nas mulheres pode passar despercebido por muito tempo, principalmente porque as mulheres biciclopatas parecem ser mais discretas e menos impulsivas que os homens, e por se tratar de um transtorno de personalidade, o distúrbio tem eclosão evidente no final da adolescência ou começo da idade adulta, por volta dos 18 anos e geralmente acompanha por toda a vida.

O tratamento consiste em boas doses de pedaladas, só ou em grupo (surtindo um efeito mais forte), além de algum auxílio profissional (mecânicos, treinadores, vendedores). A sobrevida desses paciente costuma ser maior que a maioria da pessoas " normais" ou, no mínimo, mais divertida. Não há cura conhecida para a doença, apesar de que, em alguns casos o indivíduo pode ser tomado por um sentimento de medo ou preguiça, levando a períodos de abstinência que podem durar de um dia a uma vida inteira, o que transforma suas bikes em verdadeiros "cabides". Nesse casos a vida do indivíduo torna-se vazia e monótona e, em casos mais sérios, leva à se tornar "veiáco".

A OMS (Organização Mundias de Siclistas) estima que o transtorno cresce ano após ano, sem expectativa de remissão, o que tem levado a um aumento assustador de vendas de remédios para o transtorno: seja de 24, 27 e até 30 velocidades.

Se você conhece, ou conhece alguém que conheça um biciclopata, tenha muito cuidado: a doença é altamente contagiosa. Na verdade, se você está lendo esse texto, você já apresenta o primeiro sintoma do transtorno, o interesse pelo assunto! Boa sorte, seu biciclopata!